Foto: Gustavo Tavares
O que parece ser
reminiscências obtusas
frescuras da memória
verduras da existência
petrificadas na estante amarelada
das idéias.
são eternas flores plastificadas
no instante
imobilizadas na visão humana
do antes.
para que ser se posso parecer?
existir mais
que aquelamor de plástico
é divertida petulância de rosa
arrancada pelo amante.
mal me quer
já bem me quer
pra depois não me querer
jamais
como a flor amarela que nunca existiu
e que foi jogada fora
por não querer morrer
jamais.
desespetaladamente arrancado
do momento
sou jogado noutro
que não sou
e vou me sobrando
cada vez menos
esperando sempre
por mim.
minha permanência é memória.
bem quisto
mal quisto
não sou mais que isso
não sou mais
não sou.
ser para sempre
um parecer
é o que parece
é o que parece ser.
4 comentários:
alguém aí reajeita as configurações do blog por favor q eu nao tou conseguindo
Muito bom... Tudo...
Passado, pesado. Pesar... Pensar? Meus pêsames.
É tudo culpa do Bauman, maldito amor líquido=p
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