domingo, 12 de abril de 2009

Autor? Desconhecido ou a preguiça o tomou antes de assinar


Ode à preguiça

Estou mesmo sonolento
Estou com uma grande pedrada
Só sei que neste momento
não me apetece fazer nada

Enquanto carrego esta cruz
de sonolência e maçada
O que vale é a falta de luz
que ajuda à cowboiada

Com tarefas por desenvolver
e sem luz nem vontade
Quem diria que quadras fazer
me acordava nesta tarde

Para variar o inútil
é aquilo que mais me apanha
Passe um dia, passe mil
não consigo largar esta manha

Assim encontro o meu alento
a puxar pelas rimas
Quando acabar este testamento
mostro-o a amigos, colegas e primas

Nos corredores não vejo gente
estará tudo a trabalhar?
Mas sou só eu sem corrente
ou alguém partilha o meu azar?

Procrastinação forçada
tem o seu "quê" de engraçado
Mas quando se trata de fazer nada
não me sinto nada forçado

Passam-se os minutos
e o raio da luz não aparece
Isto teve piada a brutos
mas agora também já me aborrece

E eis que de surpresa
surge a luz em velocidade
E em tudo o que é mesa
regressa a normalidade

A partir deste momento
tenho o trabalho de novo à espera
Volto a ficar sonolento
e a preguiça de sempre impera!

sinto-me: Sonolento

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