sábado, 21 de novembro de 2009

"O de ontem e o de hoje"

Eu acordei hoje lembrando daquela cena
(bem posso morrer dizendo que o filme é ruim, mas isso não se relaciona com o que eu quero dizer) do Watchmen, onde tudo se destruía, mas tudo o que se ouvia era Unforgetable.
Acho um charme essa alternativa de se levar a vida, sabe?
Você vê que seu mundo se despedaça, está consciente disso e segue...No regrets, man!
Você nunca foi tão bonito dormindo desde o dia que eu te perdi...
E nunca foi tão ruim não poder enrolar na cama...
And I feel like I could write a thousand of letters and you’ll never get tired of reading them, because you know that I’m a such good writer and I know how to touch you and make you feel embarrassed.
Depois de ontem, puts, watch me forget about missing you, baby.
There’s something you should learn I’m a good liar as well as I’m a good writer…did you never realize that?
Eu fiquei com uma vontade de parar o mundo…
De sei lá...
Voltar no tempo?
Não, eu não sou tão perdedora assim...
Era mais algo como:
So what game shall we play today?
How about the one where you don't get your way?
(Tá aí uma coisa que o Jamie Cullum sabe fazer, músicas que me movem)
Vou confessar que enrolei para voltar para casa...
Tudo fluiu para curtir a rua movimentada e esquecer o que não se passava mais na minha casa...
Mas a única coisa que ficou de verdade foi aquela sensação...
Lembra que já disse que só Deus para saber que amor não é mais para mim?
Então...
Falling out, making up
It seems such a silly game
Why do I never gain?
Eu começo a entender porque,
As coisas fazem muito mais sentido,
Afinal a dor é minha,
Ninguém além de mim para falar dela, cuidar dela,
Não fugir, nem espantá-la...
Eu sempre cresci muito mais na tristeza que na alegria mesmo...
Então a gente fica de se ver na saúde e na doença,
Enquanto você chora pelos meus belos jogos de palavras,
sempre plenos de sentimento.
Na divisão você pode levar meu sorriso,
Eu fico com garrafas cheias e a cama vazia...
Um dia eu descubro para o que elas servem.
(21-11-2009)

domingo, 15 de novembro de 2009

O meu sentir

Erm?

Eu?

O que eu sinto?

Ah, sei lá,

Eu tenho uma carapaça muito forte,

pelo menos eu costumava ter,

ultimamente eu choro com snoopy,

na real não tem um filme sequer que eu possa ver sem choro.

Sem querer, só sintonizo em filmes e séries de amor...

E ah, só Deus sabe como eu acho que isso não é mais para mim.

Eu até tenho curtido ir ao cinema segunda à tarde,

Ter aquelas horas com você mesmo é até saudável.

Mas o que eu tenho odiado é a quantidade de casais felizes

Em uma mesma rodoviária,

Tenho a sensação de que só se viaja em casal nessa cidade,

Parece pré-requisito

E como isso é um saco!

Mas de tudo isso eu acho até graça...

As coisas começam a me estranhar

Quando eu estou na minha, lendo uma revista

E o artigo é do orientador dele

Ou quando eu vejo um céu azul e lembro

Ou escuto Alanis sem querer

Ou aquela maldita música da Beyoncé

Ou uma paisagem que eu dividiria a visão...

Blargh...bullshit...

Vai fazer um mês que estou assim,

Tentando reeguer,

tentando rir

enfim seguir,

but I suspect I’m not moving on…

Parece que me doei tanto

que na hora de dividir os bens

eu não me importei de deixar a felicidade com ele.

I miss his family,

I miss him,

Actually I miss myself.

Eu me dei conta esses dias

Que por quase um ano eu vivi uma mentira

E eu nunca me senti tão confortável

Ou quis tanto me manter em um lugar como esse antes...

As ligações? Não mais as faço...

Os xingamentos cessaram,

A vontade de mandar mensagens sumiu

de uma forma que eu não percebi,

mas a falta? Bem essa não passa...

estou agarrada nela

em direção a pior evolução que eu poderia ter:

o nada sentir.

Hannah Sur (Minerva Aerada)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ATEUS

A dor que se instaura na perda
é a dor da falta?
Sinto o seu ir sem despedir,
sinto o seu despedir como mentira.
Sinto que tanta coisa
toca o tom da mentira.
Chão sugado
e a única coisa que me resta
de verdade
é a dor na qual me agarro.
Foi o que sobrou
diante do vácuo no buraco negro
do meu espaço.
As lembranças não param,
não cessam em abrir feridas.
A música da mentira toca
no meu quarto
toda noite
em imenso descompasso
de meu "até"
e seu "adeus".
Entremos em acordo
unidos no uníssono ATEUS
e assim se esvai...