sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Xadrez por Renato Medeiros (o CP2 way of life q largou a nossa turma)


Xadrez

Mexe o peão
Duas casas à frente
O objetivo é alcançar o coração
do valente Rei oponente

Tenta o Cavalo em "L"
Tenta o Bispo pela diagonal
A Rainha guarda seu Rei
Enquanto a outra quer seu mal

O Peão vai em linha reta
Tentando acabar com o jogo
Acaba errando sua meta
E pela Rainha adversária é morto

O erro foi fatal
Todos sentiram a dor
Foi anunciado com grito mortal
Xeque-mate do amor

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Escolhas?

Tal qual um doce veneno
você entrou fundo no meu coração,
alterou minha mente,
me fez sofrer e ter prazer.
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Não foi de toda sua culpa,
afinal está é sua natureza,
a natureza de uma belíssima flor
que tem a potência de carregar
um doce veneno.
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E o prazer por doce ser
me influenciou a continuar,
mesmo sentindo diversos sinais
pequenos e dolorosos.
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E por fim, depois de escolher permanecer,
com tão encantadora flor junto a mim
eu colhi seu veneno,
colhi dor, raiva, amargura
e um profundo sofrer de uma mágoa
(mágoa da qual sempre fugi).
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Agora só me resta o desentoxicar
do coração, que é lento e doloroso.
Contudo não a afastarei,
pois apesar dos pesares, ela me faz bem
quando em pequenas doses
ou de forma alternativa.
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Ps.: Como não estava entrando a paragrafação eu coloquei isto para demarcar o fim de cada verso.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Chopin na Praia Vermelha

Numa quarta-feira de dezembro à noite, fui dar uma volta na praia vermelha. Era uma noite bonita. Nada de excepcional, mas bonita. Mais do que bonita, agradável. Lua cheia, céu limpo e ondas leves tocando a areia.
Mas este era apenas o plano de fundo. O que se destaca como figura era uma rodinha de samba, que tocava chorinhos, serestas, etc. A roda não estava à frente ou entorno de Chopin. Na verdade, ele estava na roda.
Havia casais dançando agarradinhos e outros que se escondiam sob as sombras das árvores formadas pela azulada lua que iluminava a praia. A luz dos postes era secundária...

Entendi o que Chopin faz na praia vermelha...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

**O NOSSO LEMA**


Um brinde a nós mulheres,portadoras da sedução, a qual nenhum FDP sabe dar valor!
Que os nossos sejam sempre nossos
Que os delas sejam sempre nossos
Que os nossos nunca sejam delas
E se forem que se brochem!

Que nossos maridos sejam ricos
Nossos amantes sejam gostosos
E q eles nunca se encontrem!

Bebo porque vejo no fundo do copo a imagem do homem amado
Morre afogado FDP,desgraçado!

Que a fonte nunca seque
E que nossa sogra nunca se chame Esperança
Pq esperança é a última q morre!

Deus é 10
Romário é 11
whisky é 12
Zagallo é 13
e acima de 14 eu to pegando!

Que sempre nos sobre e nunca nos falte, e que a gente dê conta de todos!

Que nssos filhos tenham pais ricos e mães gostosas, e que nunca tropecemos porque a fila anda queridinha!

Um brinde também aos namorados q nos conquistaram, aos trouxas que nos perderam e aos sortudos que ainda vão nos conhecer

Convencidas não, REALISTAS
Debochadas não, AUDACIOSAS
Bonitinhas não, PERFEITAS
Importantes não, FUNDAMENTAIS
A gente não se acha, eles acham pela gente.


* não resisti, qndo eu li isso eu tive q postar*

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Segredos?


Não é segredo que a consciência
pode ser um tormento.

Não é segredo que a ambição
rói as unhas do sucesso.

Todo artista é um canibal,
todo poeta é um ladrão.

Todos comem sua inspiração
e cantam sobre a dor dela roubada.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Instruções, por Neil Gaiman


Toque o portão de madeira na parede que você nunca viu antes.
Diga “por favor” antes de você abrir o trinco,
atravesse,
desça o caminho.
Um diabrete de metal vermelho se pendura da porta da frente
pintada de verde,
como uma aldrava,
não toque nele; ele morderá seus dedos.
Ande pela casa. Não pegue nada. Não coma nada.
No entanto, se alguma criatura dizer-lhe que têm fome,
alimente-a.
Se ela dizer que está suja,
limpe-a.
Se ela chorar dizendo-lhe que dói,
se você puder,
alivie sua dor.


Do jardim dos fundos você poderá ver a floresta selvagem.
O profundo poço pelo qual você passa conduz ao reino do inverno;
há outra terra no fundo dele.
Se você virar aqui,você pode voltar, seguramente;
você não perderá nada. Não vou pensar menos de você.


Uma vez através do jardim você estará na floresta.
As árvores são velhas. Olhos espiam dos arbustos.
Abaixo de um carvalho retorcido senta-se uma anciã. Ela pode pedir alguma coisa;
dê a ela. Ela
irá apontar o caminho para o castelo.
Dentro dele há três princesas.
Não confie na mais jovem. Siga em frente.
Na clareira além do castelo os doze
meses sentam-se ao redor de uma fogueira,
aquecendo seus pés, trocando contos.
Eles podem fazer favores para você, se você for educado.
Você pode colher morangos na geada de Dezembro.


Confie nos lobos, mas não diga a eles onde você esta indo.
O rio pode ser cruzado pela balsa. O balseiro vai levá-lo.
(A resposta à sua pergunta é essa:
Se ele der o remo ao seu passageiro, ele será livre para deixar o barco.
Mas diga-lhe isto de uma distância segura.)


Se uma águia lhe der uma pena, mantenha-a segura.
Lembre-se: que os gigantes dormem ruidosamente; que
bruxas são sempre traídas por seus apetites;
dragões tem um ponto fraco, em algum lugar, sempre;
corações podem ser bem escondidos,
e você os trai com sua língua.
Não tenha ciumes de sua irmã.
Saiba que diamantes e rosas
são tão desconfortáveis quando caem da boca de alguém quanto sapos e rãs:
mais frios, também, e mais afiados, e eles cortam.


Lembre-se de seu nome.
Não perca a esperança – o que você procura será encontrado.
Confie em fantasmas. Confie naqueles que você ajudou para ajuda-lo na vez deles.
Confie em seus sonhos.
Confie em seu coração, e confie em sua história.


Quando você voltar, retorne pelo caminho que você veio.
Favores serão devolvidos, dividas serão pagas.
Não esqueça de seus modos.
Não olhe para trás.
Monte na águia sabia (você não cairá).
Monte no peixe prateado (você não afogará).
Monte no lobo cinzento (segure firme em seu pelo).


Há um verme no centro da torre; por isso que ela não ficara de pé.


Quando você chegar à pequena casa, o lugar onde sua jornada começou,
você irá reconhecê-la, embora ela pareça muito menor do que se lembra.
Ande pelo caminho, e através do portão do jardim que você nunca viu antes mas uma vez.
E então vá para casa. Ou faça uma casa.


Ou descanse.